Fernanda Caldas
Nós,
adultos, costumamos torcer pelo fim do expediente, pela chegada do fim de
semana, pela chegada do verão... Passamos a vida planejando o amanhã, o futuro,
deixando de lado o presente. Quanto tempo a gente perde na vida, planejando?
Conversando
com esses pequenos (só de tamanho) heróis, que têm parte de sua infância
privada pela doença e pelo sofrimento físico do pesado tratamento, percebemos
que vemos a passagem de tempo de forma oposta.
Eles vêem o futuro como a volta para casa, escola e vida normal. O
futuro almejado pela pequena Thalita, de 7 anos, é ser recebida em casa com um
bolo de chocolate que sua tia prometeu fazer no dia de sua alta; é voltar à
escola e a sambar com seus irmãos e primos. Analisando esse futuro idealizado
por ela, conclui-se que o que ela mais deseja é ter sua rotina de volta. E
rotina não é dia-a-dia, cotidiano? E cotidiano não é presente?
Por
que nós, adultos, insistimos em enxergar o futuro como o que há de mais
valioso, desprezando o hoje? Passamos a vida inteira buscando a felicidade, sem
perceber que ela é justamente essa busca.
Por
uma vida onde nós, adultos, continuemos a aprender com as crianças - e sua
sabedoria e simplicidade; e onde os infinitos planos e o desperdício de tempo
sejam substituídos por ação, atitude.
O
presente é uma dádiva, não é à toa que se chama “presente”.
Oi Fernanda, sou uma voluntária do sonhando juntos de São Paulo e gostei muito de ter lido seu texto, parabéns! É bem isso mesmo que sentimos a cada evento..
ResponderExcluir