sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Quando pequenos heróis te ensinam o valor do presente





Fernanda Caldas

Nós, adultos, costumamos torcer pelo fim do expediente, pela chegada do fim de semana, pela chegada do verão... Passamos a vida planejando o amanhã, o futuro, deixando de lado o presente. Quanto tempo a gente perde na vida, planejando?

Conversando com esses pequenos (só de tamanho) heróis, que têm parte de sua infância privada pela doença e pelo sofrimento físico do pesado tratamento, percebemos que vemos a passagem de tempo de forma oposta.

Eles vêem o futuro como a volta para casa, escola e vida normal. O futuro almejado pela pequena Thalita, de 7 anos, é ser recebida em casa com um bolo de chocolate que sua tia prometeu fazer no dia de sua alta; é voltar à escola e a sambar com seus irmãos e primos. Analisando esse futuro idealizado por ela, conclui-se que o que ela mais deseja é ter sua rotina de volta. E rotina não é dia-a-dia, cotidiano? E cotidiano não é presente?

Por que nós, adultos, insistimos em enxergar o futuro como o que há de mais valioso, desprezando o hoje? Passamos a vida inteira buscando a felicidade, sem perceber que ela é justamente essa busca.

Por uma vida onde nós, adultos, continuemos a aprender com as crianças - e sua sabedoria e simplicidade; e onde os infinitos planos e o desperdício de tempo sejam substituídos por ação, atitude.

O presente é uma dádiva, não é à toa que se chama “presente”.

Um comentário:

  1. Oi Fernanda, sou uma voluntária do sonhando juntos de São Paulo e gostei muito de ter lido seu texto, parabéns! É bem isso mesmo que sentimos a cada evento..

    ResponderExcluir