terça-feira, 19 de agosto de 2014

Minha primeira atividade como voluntária

Raquel Oliveira

Desde que me inscrevi no Sonhando Juntos, passei a desejar muito a chegada deste dia. Junto a esse desejo, misturou-se a insegurança e receio de não ser aceita pelos pequenos. Mas ainda assim, a vontade de estar ali com eles crescia a cada dia.

Então chegou o grande dia, 09/08/2014, minha primeira atividade como voluntária do Sonhando Juntos.

Fui a primeira a chegar no Hemorio. Por morar distante, saí bem cedo para não me atrasar... Devido ao bom trânsito, acabei chegando com uma hora e meia de antecedência, e confesso que nunca vi a hora passar tão lentamente como nesta manhã de sábado.

Manhã chuvosa e fria, que se tornou uma das manhãs mais lindas vividas por mim.

Aos poucos os sonhadores foram chegando, e enfim chegou a hora de encontrar as crianças.

Não sei explicar a sensação que foi. Alegria, emoção, satisfação em fazer o bem, enfim, muitos sentimentos maravilhosos vividos em um só momento.

Aos poucos fui perdendo o medo. De leito em leito fui conhecendo cada criança. Cada olhar, cada sorriso, mesmo tímido, me davam ainda mais certeza que estava no lugar certo!

Na sala de recreação foi só diversão! O meu companheiro de brincadeira, o pequeno Mateus de doze anos, me encantou com seu jeitinho de ser.

Construímos casas e robôs de Lego.  Jogamos várias rodadas de UNO. Brincamos de jogo da memória. Conversamos sobre nossos cantores favoritos. No início achei que seria difícil arrancar um sorriso, mas só achei mesmo. 

Entrei ali com a missão de fazer o bem aos outros, mas o bem maior foram eles que fizeram a mim.
E ainda consigo ouvir a frase que marcou o meu primeiro encontro: “Não vejo a hora de sair daqui. Quero ir para a escola!”

Daí pensei: Tanta gente que pode ir e vir para onde quiser, ainda reclama da vida. Reclama de ter que acordar cedo para o trabalho, de ter que enfrentar o trânsito do dia-a-dia...

E o Mateus, como tantas outras crianças que se encontram na mesma situação, só queria não estar ali. E mesmo estando ali, não perde a alegria e pureza de uma doce criança.

Todos os rostinhos estão muito bem gravados em minha memória e coração, e lembrados em minhas orações.


E que venham os próximos encontros!

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