terça-feira, 8 de maio de 2012

Atividade de Páscoa da CACCST


Andressa Franco



Páscoa. Para nós, apenas mais um feriado como tantos outros. Pra eles, alegria. A grande e boa espera do coelhinho que faz com que qualquer criança sinta-se feliz.

Bom, essa espera terminou no sábado (28/04). Depois de toda a atividade, depois de toda descontração, depois de todo breve esquecimento do mundo real, eis que surge o tão esperado coelhinho. A reação não podia deixar de ser diferente. Abraços e carinhos foram trocados, fotos foram tiradas e, o mais importante, sorrisos foram flagrados nos rostinhos de cada criança presente neste dia de festa. Um dia que fez elas se sentirem iguais às outras. Porque sim, estas crianças são diferentes, apesar de parecerem iguais.

No meio de tantas, eu queria escolher uma criança, sentar, conversar, brincar... Mas eram tantas que comecei a ficar perdida.No meio da minha confusão mental, no meu pensamento de “quem eu escolho?”, percebi o óbvio: por que escolher uma, se posso ter todas?

Caminhando entre elas, respondendo suas perguntas “como faz isso mesmo?”, “pode me dar mais uma folha pra desenhar?”,”onde está a minha tia?”.

Onde está a minha tia? Foi essa pergunta que me parou. Daniella foi a menina que a fez. Apenas cinco aninhos, com um semblante triste, nenhum traço de alegria em seu rosto. Suas mãos não desgrudavam das do irmão. Disse a ela que sua tia estaria com ela mais tarde e que naquele momento eu iria ajudá-la a montar o seu porta lápis. Tentei dar ideias, tentei pegar em sua mão pra dar suporte, mas parecia que nada daquilo a deixava animada. Nenhuma palavra era pronunciada por ela. Até que eu falei: “Você pode pintar com o dedo se quiser”. Tudo mudou. Um sorriso prazeroso surgiu em meio a uma grande bagunça de tintas misturadas e dedos sujos. Felicidade tomou conta de mim.
Como pode algo tão simples trazer tanto contentamento?

Olhei ao meu redor e percebi que eu não era a única feliz. Todos os outros voluntários pareciam realmente satisfeitos por estarem ali. As crianças também. Não são apenas as crianças que se desligam de seu mundo real, nós também nos desligamos. E é isso que faz dar certo. É isso que nos dá mais vontade de voltar e brincar mais uma vez, ver sorrisos, ver que a alegria existe apesar das circunstâncias. São nesses encontros que todos nós, crianças e voluntários, mostramos que somos diferentes, apesar de parecermos iguais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário