quinta-feira, 30 de julho de 2015
quarta-feira, 22 de julho de 2015
Do medo aos sorrisos
por Sílvia Belmiro
Conheci
o projeto através
de uns amigos. De
cara achei
lindo! Mas
nunca me
imaginei atuando.. achava
que não
teria
forças
psicológicas
para
isso.
Sempre fui bastante
sensível,
daquelas
pessoas que os outros chamam de manteiga derretida, sabe?
Quando
pensava
no projeto sempre vinha na minha mente o quão aquelas
crianças eram
tão
pequenas, tão indefesas, e
que não mereciam passar
por momentos difíceis... pensava
que grande parte delas não tinha sequer idade
para entender a
doença que enfrentavam e o que acontecia ao seu redor. E aquilo
me partia o coração.
Sempre
imaginei que
quando
tomasse “coragem” e entrasse no
projeto, sairia
dos
hospitais sempre
chorando,
triste, e pesada. Mas,
finalmente, em
2014 algo
me impulsionou e eu comecei
a fazer parte do projeto.
Na
noite anterior à minha
primeira
atividade,
eu não dormi direito. Estava
ansiosa, preocupada em como eu reagiria aquela situação. Mas,
minha
primeira visita foi um presente! Consegui
um sorriso de uma criança!
Um
menino de 2 anos que estava emburrado,
e
não queria brincar. Ele
não largava a mãe de jeito nenhum! Mas,
fui
persistente, e disse a mim mesma que só sairia dali com um sorriso
daquela criança. E
eu,
consegui!!
No final da atividade ele já havia esquecido completamente a mãe, e
estava
sentado no meu colo brincando e sorrindo.
E
como eu sai do hospital? Radiante, com sorriso de orelha a orelha,e
acima de tudo,
com a esperança renovada. Estou há
quase um ano no projeto, e uma
coisa
posso
garantir,
esse jaleco definitivamente
tem
Poderes mágicos, como bem
disse
a líder Priscilla.
Ao
colocá-lo, você esquece de toda dor, seja ela física ou psicológica, e
se
enche de energia! Esquece
seus problemas e abre um sorriso inexplicável. E
a
cada
sorriso aberto (e as crianças têm cada gargalhada gostosa),a cada
gesto de carinho, sua esperança é renovada! Posso dizer com toda a
certeza do mundo, o sonhando juntos foi a melhor terapia que eu podia
fazer!!
Obrigada
Sonhando Juntos!
quarta-feira, 15 de julho de 2015
Ser voluntário: amor ao próximo, amor para você
Por Janaína Campos
Quem me conhece sabe que eu adoro crianças. Adoro estar rodeadas por elas. Eu gosto da sinceridade, do sorriso frouxo e do carinho. Estar com elas renova a energia, porque é um amor puro. Dificilmente uma criança vai te dar bola se ela realmente não for com a sua cara. Não tem essa de fingimento. Toda vez que eu pensava em “fazer minha parte para mudar o mundo”, eu pensava em algo relacionado a crianças. E quando eu descobri o voluntariado, eu me encontrei. O que mais as crianças precisam, se não um pouco de amor?
Teve um ano que minha mãe organizou um dia de brincadeiras em um orfanato. Fomos um grupo só de amigos e foi muito legal. Jogos de bola, música, pega-pega e colo para os bebês. As meninas ficavam penteando meu cabelo e eu fazendo penteados nos delas. Naquele dia eu percebi que um dia podia fazer diferença.
Desde então eu fiquei na cabeça que gostaria de fazer trabalho voluntário com crianças. Com a correria do dia a dia eu sempre ia deixando para depois. Procurava uns lugares, preenchia formulários online e não tinha resposta. Ficava de visitar alguns lugares e não ia. Os anos foram passando e eu nada fazia. Até que eu encontrei uma ONG na internet e fiquei apaixonada por um projeto. No final do ano passado preenchi o formulário de interesse, mas tinha fila de espera. O desânimo bateu de novo.
Foi então, que esse ano eu recebi o e-mail “a espera acabou”, com uma mensagem que me convidava para formação de novos voluntários do “Sonhando Juntos”, um projeto da “Sonhar Acordado”. Além de levar alegria e valores ás crianças doentes, o propósito do programa é realizar sonhos. Sensacional, não é? Fiquei em êxtase.
Desde abril, uma vez por mês, pelo menos, eu vou até um hospital e passo cerca de quatro horas com as crianças. É posso afirmar: é gratificante! O sorriso, o amor, o carinho. Vale a pena acordar cedo, vale a pena "ganhar" uma tarde de sábado. Ganhar, porque não posso dizer "perder" uma tarde. Nessas horas eu só ganho.
Esse final de semana tinha três compromissos, sexta, sábado e domingo, mas ainda assim foi para um hospital sábado e outro domingo. Pensei: 'vai ser um final de semana cansativo'. Mas não foi. Foi energizante. Em um mundo cheio de coisas ruins acontecendo é muito bom saber que tem muita gente - fila de espera - querendo fazer o bem.
Ganhei dois desenhos esse final de semana, "tia, pra você lembrar de mim". Mal sabem elas que mesmo sem os desenhos eu lembraria delas.
Não acho que faço muito. Acho até que faço pouco, talvez pudesse ir mais vezes por mês. Mas, em um mundo com taaaaaanta gente, se cada uma fizesse o 'meu pouco', seria muito. Teria sobra. O mundo seria mais amor.
Postado originalmente em: Blog Dias de Flores
segunda-feira, 6 de julho de 2015
Ser voluntário é preciso
Por Erika Pelegrino
Toda vez que você se torna responsável por alguma coisa vem a necessidade de uma postura mais séria, de um tratar mais formal e com o tempo você vai engessando. É que nem virar adulto, parece que quando entramos no sonhar acordado voltamos a ser crianças e tornar-se líder, ou coordenador te traz de volta ao mundo dos prazos, datas e cobranças mais rígidas. Mesmo que você se sinta mais parte da família sonhar, você muitas vezes se sente perdendo, e não necessariamente tem que ser assim ...
Já tornou-se tradição, cada hospital em que iniciamos os trabalhos, nós os “adultos” vamos fazer um reconhecimento de território, conhecer as enfermeiras e o mais importante conhecer nossas crianças e é nesse momento que a mágica acontece, voltamos a ser voluntários e dessa vez com muito mais gosto, com muito mais garra querendo tirar cada sorriso como se fosse o último, afinal na próxima atividade seremos nós que teremos que dizer que está na hora de ir embora...
E se você depois dessas atividades fica querendo ir mais como voluntário, ou até mesmo deixar o cargo de “adulto” ao voltar para a sua atividade, para a sua equipe e ver os novos voluntários descobrindo o projeto, percebe que você não é o adulto, tudo bem, talvez você seja o idoso, aquele que já sabe equilibrar responsabilidade e prazer, brincar e liderar, e sem dúvidas chegar a essa maturidade ainda jovem te prepara para a vida.
E isso é ser líder do sonhando juntos: Aprender com as crianças a sonhar, com os coordenadores a crescer e com os voluntários ver que tudo vale a pena. Entramos achando que vamos nos doar para o projeto crescer, mas quanto mais nós nos doamos quem mais cresce somos nós que nos superamos a cada desafio, seja realizar um sonho seja conquistar ainda mais sorrisos, até porque se a ONG se chama sonhar acordado nós temos que dar o exemplo e hoje nosso maior sonho é fazer cada vez mais dias de infância em meio a dias de hospital.
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