segunda-feira, 6 de julho de 2015

Ser voluntário é preciso

                                                                                                        Por Erika Pelegrino                                   

Toda vez que você se torna responsável por alguma coisa vem a necessidade de uma postura mais séria, de um tratar mais formal e com o tempo você vai engessando. É que nem virar adulto, parece que quando entramos no sonhar acordado voltamos a ser crianças e tornar-se líder, ou coordenador te traz de volta ao mundo dos prazos, datas e cobranças mais rígidas. Mesmo que você se sinta mais parte da família sonhar, você muitas vezes se sente perdendo, e não necessariamente tem que ser assim ...


Já tornou-se tradição, cada hospital em que iniciamos os trabalhos, nós os “adultos” vamos fazer um reconhecimento de território, conhecer as enfermeiras e o mais importante conhecer nossas crianças e é nesse momento que a mágica acontece, voltamos a ser voluntários e dessa vez com muito mais gosto, com muito mais garra querendo tirar cada sorriso como se fosse o último, afinal na próxima atividade seremos nós que teremos que dizer que está na hora de ir embora...

E se você depois dessas atividades fica querendo ir mais como voluntário, ou até mesmo deixar o cargo de “adulto” ao voltar para a sua atividade, para a sua equipe e ver os novos voluntários descobrindo o projeto, percebe que você não é o adulto, tudo bem, talvez você seja o idoso, aquele que já sabe equilibrar responsabilidade e prazer, brincar e liderar, e sem dúvidas chegar a essa maturidade ainda jovem te prepara para a vida.


E isso é ser líder do sonhando juntos: Aprender com as crianças a sonhar, com os coordenadores a crescer e com os voluntários ver que tudo vale a pena. Entramos achando que vamos nos doar para o projeto crescer, mas quanto mais nós nos doamos quem mais cresce somos nós que nos superamos a cada desafio, seja realizar um sonho seja conquistar ainda mais sorrisos, até porque se a ONG se chama sonhar acordado nós temos que dar o exemplo e hoje nosso maior sonho é fazer cada vez mais dias de infância em meio a dias de hospital.


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